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:: Sete meses atrás, um homem chamado Mahmoud al-Mabhouh morreu em seu quarto de hotel na idílica Dubai, um dos Emirados. O que a princípio pareceu uma morte natural revelou-se um assassinato quando evidências de agulhas e traços de poderoso relaxante muscular foram encontrados num exame posterior. Óbvio, a investigação aponta para Mossad. Você viu Munique, não viu?
:: Mabhouh tinha longa ficha corrida como eminente figura do Hamas - contrabandista de armas, sequestrador e assassino de soldados israelenses, terrorista. Um cidadão do bem, como podem ver, me pergunto porque ninguém em Tel Aviv ficou chateado com sua morte. Tão jovem, coitado.
:: Mas como nenhum país gosta de ser usado como cena de crime internacional os investigadores da EAU fizeram seu trabalho de casa e identificaram praticamente todos os envolvidos (na verdade, seus rostos nos passaportes falsos). Israel nega envolvimento e diz que "tem que ver isso aí". Quem acompanha os relatórios do caso diz que o esquadrão que cancelou Mabhouh foi desleixado mas numa coisa acertaram em cheio - a marca de celular para se comunicarem.
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:: Como a criptografia do Blackberry é em termos práticos bem difícil de se penetrar, o país árabe não consegue estruturar vigilância em tempo real sobre agentes estrangeiros que usem o aparelho dentro de suas fronteiras. Quer dizer, não conseguia.
:: No Brasil, você ainda pode falar do mensalão o dia todo. Ou coordenar atentados à bomba. Ou coisas complexas como festas-surpresa de aniversário e amigo oculto. Ao menos, por enquanto.
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